Mudanças Climáticas no Brasil: Temperaturas em Ascensão e Impactos Regionais

Um estudo recente do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) revela que o Brasil enfrentou um aumento de 1,5ºC na temperatura em algumas regiões, mudanças nas chuvas e impactos significativos nas últimas décadas. O período analisado, de 1991 a 2022, foi comparado com a referência de 1961 a 1990. Na Região Nordeste, a temperatura média máxima aumentou gradativamente, alcançando 32,2ºC em 2011-2020, representando um aumento de 1,5ºC desde 1961-1990.
O estudo também destaca mudanças no regime de chuvas, com redução de 10% a 40% na precipitação média nas regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. A média de chuvas diminuiu de 1.210 mm entre 1961 e 1990 para 1.030 mm entre 2011 e 2020. Além disso, o número de dias secos consecutivos aumentou, passando de uma média de 80 a 85 dias para cerca de 100 dias nessas regiões.
A análise revela um aumento na frequência e intensidade das ondas de calor desde 1961. Entre 1991 e 2000, a duração média já era de 20 dias; no período seguinte, subiu para 40 dias, e, na última década analisada, chegou a 52 dias. Essas transformações, evidenciadas ao longo das décadas, são um reflexo das mudanças climáticas e devem se agravar nas próximas décadas proporcionalmente ao aquecimento global.
Atualmente, o Brasil enfrenta uma onda de calor extremo, com temperaturas recordes, como os 37,1ºC registrados em São Paulo, a maior temperatura em novembro desde o início das medições. Esses eventos extremos corroboram as conclusões do estudo, reforçando a necessidade de atenção e ação diante dos impactos das mudanças climáticas no país.

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