O Ministério Público do Rio Grande do Sul alcançou um acordo com Paula Camargo, candidata do PL à vereadora em Rio Pardo (RS), para que ela cesse o uso do jingle “Paula dentro” em sua campanha eleitoral.
A música, que se tornou tema da campanha, continha versos como: “O que as mulheres ‘tão’ pedindo/ Paula dentro/ E o bairro também precisa/ Paula dentro/ Eu ‘tô’ com a Paula nesse momento/ Quem tá com ela grita ‘Paula dentro’”. A letra gerou controvérsia e foi interpretada de forma negativa por alguns, levando a candidata a reconsiderar seu uso.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais no dia 27 de agosto, Paula Camargo explicou: “A música foi mal interpretada por aqueles que tiveram maldade em suas mentes. Então, eu teria que mudar meu nome ou dizer que quero estar fora?”
O Ministério Público esclareceu, em uma nota, que a retirada do jingle foi uma decisão conjunta entre o órgão e a candidata. “Durante uma reunião em 26 de agosto, após a repercussão da conotação sexual que o jingle causou, a candidata concordou em revisar a propaganda,” disse a nota.
Paula Camargo comentou sobre a decisão, destacando que, embora tenha acatado a solicitação, discorda da interpretação feita pela promotora Christine Mendes Ribeiro Grehs. “Ela pediu para que eu não postasse mais nas minhas redes sociais, e eu aceitei. Mesmo eu explicando que meu nome era Paula, ela achou pejorativo,” afirmou Paula.
A candidata também revelou que foi denunciada ao Ministério Público Eleitoral (MPE) devido ao jingle. Em sua defesa, Paula fez um apelo àqueles que interpretaram a música de forma negativa.
“Se ‘Paula dentro’ foi ofensivo, então eu teria que estar fora?” questionou Paula. “Talvez eu devesse mudar meu nome, para aqueles que só pensam de forma negativa. Mas, para você que pensou mal, eu digo: ninguém consegue apagar o que é genuíno para nós,” concluiu.
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